A coleta de amostras de solo para a construção da semente de arroz
10/09/2016A realidade sobre a emergência da semente de arroz
15/10/2016Práticas sustentáveis na cultura do manejo do arroz
A produção de arroz no mundo é uma cultura milenar. No Brasil o cultivo iniciou há mais de um século, desde 1903 conforme registros na região sul do Rio Grande do Sul.
Muito tempo se passou. Inovações e tecnologias foram incorporadas ao processo para viabilizar com sustentabilidade a cultura do arroz. Entretanto, foi preciso fazer mais, pois nos diversos níveis e segmentos a sustentabilidade econômica é determinante para a longevidade de uma empresa, um segmento, e até mesmo de uma cadeia produtiva.
Atualmente, o fato de uma empresa alcançar a viabilidade econômica não garante a sua existência, pois ao produzir, industrializar e vender um produto, interagimos também com a natureza e com a sociedade. Esses temas são infinitos, pois para viver a sustentabilidade ambiental os homens precisam primeiro conhecer a si mesmos, onde e como estes operam, ganham e vivem melhor, para depois explorar com inteligência e consciência os recursos naturais.
Comete-se um erro muitas vezes quando se debate o tema da utilização da água na agricultura. Dizem que a cultura do arroz consome grande quantidade de água, que na realidade é um recurso natural cíclico. O homem poderia realmente não utilizá-la, mas ela chegaria de qualquer forma ao mar. Assim, que utilidade teria a água para o homem, que funcionalidade teria para a vida, se isso ocorresse? De que forma iríamos manter as cidades, as indústrias, a produção de alimentos se não utilizássemos a água? Com certeza precisamos usá-la com coerência, mas não é lógico não utilizá-la.
Neste contexto a Semente Ceratti, com sua gestão pela qualidade desde 1998, busca realizar na produção, na industrialização e, nas diferentes etapas da venda de sementes, a sustentabilidade nos diversos âmbitos relacionados à sua missão, visão e valores.
Na prática da gestão, propomos desde a criação da empresa fazer o melhor. Não é simples, mas é o nosso objetivo e temos como visão “ser excelência nacional em produtos e tecnologias no segmento de sementes atuante”. Podemos citar algumas passagens que evidenciam essas conquistas como, por exemplo, no ano de 1998 fomos a primeira empresa no Rio Grande do Sul a operar o processo de secagem de arroz com gás GLP. Desenvolvemos, neste ano, um equipamento industrial que obtém uma qualidade diferenciada em tratamento de sementes, surgindo recentemente os primeiros produtos comerciais para esse fim. Na área da logística, em 2001, começamos a operar internamente com bag de 1.000 kg, pois ainda não existia legislação específica que permitisse a comercialização de sementes com este tipo de embalagem. Também nesse ano, depois de vários estudos, nos tornamos pioneiros no fornecimento de sementes com 100% das embalagens comercializadas em celulose, nas opções de 25 e 40 kg.
Em 2002, iniciamos com mais propriedade o trabalho em P&D para aprimorarmos ainda mais nossos produtos e serviços, pois entendíamos que era necessário a busca do conhecimento e a especialização em um segmento que vivia de padrões, modelos e uma cultura que a curto prazo não teria sustentabilidade econômica pelo baixo nível de eficiência praticado em comparação a outros países que detinham novas tecnologias na cadeia produtiva do arroz. Frutos deste conhecimento, cinco anos depois já tínhamos os primeiros resultados do que hoje estamos aprimorando: fomos a primeira empresa do Brasil a posicionar nossas sementes com uma recomendação técnica na quantidade coerente e eficiente. Mesmo assim, continuamos comprovando isso anualmente nas diversas regiões do país onde comercializamos, pois em uma semente diferenciada, não se reduz apenas a quantidade de semear, mas se obtém na globalidade das etapas uma redução de custos, seja na semente, nos insumos do TIS (Tratamento Industrial de Sementes), no transporte, reduzindo o impacto ao meio ambiente, mas principalmente pelo aumento da produtividade e rentabilidade da cultura do arroz em todo Brasil.
Temos a tranquilidade no mês em que evidenciamos o tema “sustentabilidade”, que estamos contribuindo nos diversos contextos da sustentabilidade, seja ambiental, social, político e principalmente econômico, pois agricultura não é ideologia, mas prática e adaptação contínuas da evolução na gestão e tecnologia aplicada.