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20/11/2019Eficiência de Estabelecimento de Plântulas – EEP
A cada ano que passa discute-se sobre tecnologias, políticas e o endividamento que abala o setor orizícola, mas nada se fala sobre manejos e tecnologias que possam aumentar a eficiência do estabelecimento de plantas da cultura do arroz, o que deveria ser de conhecimento essencial de quem realiza a gestão, toma decisões e administra os resultados.
O sucesso e o rendimento desejados na lavoura só são alcançados quando se faz um bom planejamento estratégico. Cuidados no plantio, tais como: semente de boa qualidade, temperatura e umidade do solo, velocidade e profundidade de semeadura, entre outros, propiciam um estande de lavoura adequado para qualquer cultivar, fatores estes essenciais para o sucesso na colheita.
Há muitos anos através de nossa pesquisa avaliamos a quantidade de sementes que semeamos das mais diversas marcas, cultivares, densidades e épocas de semeadura. O mais interessante é que o produtor rural não tem o conhecimento necessário para avaliar e comparar qual produto e marca entrega o melhor resultado. Desta forma, se compra preço, entendendo que todas marcas oferecem o mesmo resultado, o que não é a realidade.
A percentagem de germinação informada nos certificados de sementes de arroz, são dados de laboratórios oficiais credenciados pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento). Porém, o método para avaliarmos o percentual de germinação não condiz com realidade que as sementes enfrentam no solo, sem contar fatores adversos à campo como temperatura, umidade, profundidade no solo, competições e as frequentes situações em meios ácidos e até tóxicos, relativo à decomposição de massa verde da vegetação existente anterior a dessecação e semeadura. Desta forma, embora pouco se sabe, e se avalia, dificilmente mais que 50 a 55% das sementes semeadas emergem e se estabelecem efetivamente. Como por vários fatores, incluindo alguns citados acima, esta ineficiência é agravada por mais dois fatores, a competição intraespecífica e pelos espaços falhos onde não nascem plântulas.
Em função disso é importante que saibamos o conceito de plantabilidade, que nada mais é do que a distribuição precisa da semente em relação a quantidade e distância entre elas, evitando falhas e obtendo espaços equidistantes entre as mesmas. Segundo informações da nossa pesquisa a competição entre plantas pode gerar em média uma redução de até 9% na produtividade, comparado a uma condição de boa distribuição, o que só ocorrerá se reduzirmos a quantidade de sementes, o que todos tem medo pelo desconhecimento! Acrescenta-se a esta perda 20 a 30% da área semeada por metro linear que não ocorre o estabelecimento pelo fator mais preponderante, a qualidade da semente.
Desta forma, a Sementes Ceratti criou o conceito da “Eficiência de Estabelecimento de Plântulas”, critério este que avalia comparativamente o percentual de plântulas emergidas em função da quantidade semeada. Ou seja, se 90 kg/ha corresponde em média a 60 sementes/m linear, então porque emergiram apenas 30 ou menos? Por situações como esta, nenhuma empresa recomenda reduzir densidade de semeadura, e apenas quem tem conhecimento e busca de forma tecnológica desenvolver um produto que entregue melhores resultados. Mas lembre-se, quando você reduz sementes, reduz vários custos como logística, tratamento de sementes (TS) e outros operacionais.
Se investirmos em sementes de alto potencial, adequando a densidade de semeadura e TS ao nível de tecnologia, otimizando a plantabilidade, com certeza teremos uma maior Eficiência de Estabelecimento de Plântulas (EEP). A melhoria na uniformidade de profundidade de semeadura e distribuição entre sementes, irá gerar menor competição entre plantas, o que associado a redução do percentual de espaços falhos, garantirá maior desenvolvimento e potencial produtivo.
Avalie o desempenho de suas sementes, meça e compare. Assim você entenderá um pouco mais sobre a tecnologia e inovação que só é possível através da percepção a campo e conscientização!
Um ótimo plantio, uma excelente safra!