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16/03/2017Colheita, sorte ou competência?

Neste mês, de 16 a 18 de fevereiro ocorrerá a 27ª Abertura da Colheita do Arroz no Rio Grande do Sul, estado com maior produção nacional do grão. A expectativa é que a safra chegue a 8,3 milhões de toneladas, um aumento de 10,5% em relação ao último ano, em uma área de aproximadamente 1,1 milhão de hectares. Diferentemente de outros anos, a maioria dos produtores não enfrentou sérias dificuldades no campo. O clima, por exemplo, que é um fator determinante da produtividade da lavoura, colaborou para garantir uma ótima safra.
No entanto, as boas condições encontradas pela maioria dos produtores de arroz neste ano não são constantes. São várias as vezes em que a sorte não joga a favor dos produtores, e é neste momento em que se divide aqueles que contam com o acaso (usam a psicologia do jogo, apostam), daqueles que se preparam para as adversidades (investem no business).
O homem do campo que trabalha é uma visão passada, isto é muito pouco para garantir a sustentabilidade econômica do agronegócio. É indispensável um alto nível de conhecimento, planejamento e gestão que promova decisões inteligentes com garantia de resultados, seja na escolha dos insumos, como no manejo, o que “sempre” trará os maiores ganhos em sistemas produtivos.
Em anos decorrentes de ótimas condições climáticas, as quais interferem diretamente no manejo das práticas culturais, considerando que existe um “processo de produção à céu aberto” por mais de quatro meses na cultura do arroz, é raro não existirem várias adversidades, situações estas que interferem diretamente nos resultados em produtividade. Porém, existem aqueles que contam apenas com a sorte ao seu lado! Parece injusto? Sim. No entanto, na maioria das vezes, essa não é a realidade de todos os anos, ou seja, sempre existem adversidades em diferentes contextos.
Considerando tais situações, seria interessante fazermos uma analogia com a lei do economista italiano Vilfredo Pareto, mais conhecida como “Lei de Pareto” a qual diz: “80% das consequências advém de 20% das causas. Com isto afirmamos que em uma lógica de negócio, considerando sua vulnerabilidade por questões já abordadas, entendemos que as pequenas adversidades acrescidas aos erros e atrasos no manejo (causas), irão interferir altamente nos resultados (consequências).
É indiscutível que precede a ser orizicultor, o conhecimento, o planejamento e a ação, pois no mundo de concorrência e competência em que vivemos hoje, o qual só irá ajustar, precisamos ser competentes. É impossível nos afirmamos em opiniões, crenças ou princípios pessoais, pois o dinheiro, em qualquer contexto, situação ou época em toda a história da humanidade, só permanece com os “vencedores”.
Portanto, é hora de colhermos os resultados de quem somos, do que decidimos, planejamos e agimos a cada momento por vários meses.
“Tenham uma ótima colheita, pois ela é o seu resultado”.
Edson Ceratti