A irrigação como fator determinante da produtividade da lavoura de arroz

Sabe-se que a potencialidade agrícola de nosso país é a maior do mundo, o que se justifica pela disponibilidade e abundância dos recursos naturais. Ao focarmos na produção de sementes das grandes culturas como arroz, soja, milho e sorgo, verificamos que existe uma grande variação entre os resultados de produtividade em uma mesma cultura nas diferentes regiões do Brasil. Ao que, na realidade, deve-se isto? Quem responde por esta situação? Apenas o produtor rural brasileiro é responsável pelo sucesso de sua empresa agrícola.

Em certas regiões do país, na cultura da soja, a qual responde pela maior área, utiliza-se o maior percentual de áreas com agricultura de precisão. Esta tecnologia é fundamental, mas só é justificada onde já existe um programa de gestão eficiente amparado pelo conhecimento e competência de empresários e consultores de alto nível. Não necessariamente proprietários, mas investidores que realizam através de processos as práticas culturas e manejos diferenciados.

Falando-se em práticas culturais, podemos abranger a irrigação, sem dúvidas onde deveríamos realizar a maior agricultura de precisão. A água, é um recurso natural que no Brasil ainda não se paga, a exemplo de diversos países no mundo. Porém, verifica-se principalmente em culturas irrigadas por inundação, como o arroz, uma grande variabilidade de eficiência no uso e manejo deste recurso. Técnicas atuais como a distribuição por mangueiras, já apresentam resultados promissores, onde o investimento paga-se garantindo maior rentabilidade por hectare. Existem outras tecnologias de mangueiras enterradas sendo estudadas, testadas e já apresentam resultados promissores. O investimento inicial é grande, mas cabe aos empreendedores do agronegócio acompanharem, buscar conhecimento e avaliarem em que local de suas propriedades e de que forma podem investir e utilizar tais tecnologias.

Podemos citar ainda o pivô, veterano e conhecido pivô central fixo, ou ainda o pivô rebocável, o pivô linear, etc. Da área de produção agrícola mundial hoje irrigada, os pivôs atingem mais de 20%, o que prova que é outra alternativa eficiente e sustentável para a garantia de maiores resultados em produtividade e consequente rentabilidade. Sem dúvida, essa tecnologia de irrigação atualmente é a mais difundida, viável e sustentável, embora sempre há o medo, a insegurança e dúvida em quando realizar altos investimentos.

Através de enquete com empreendedores da fronteira oeste que utilizam como sistema de irrigação na cultura do arroz o pivô central, a produção é viável e altamente sustentável comparada com as alternativas de outras culturas, pois independente do preço do grão, a alta produtividade é determinante quando comparado ao resultado da commodity soja. Dados atuais informam que, em condições normais de clima, temos uma redução na demanda de água de cerca de 60%, comparado a irrigação por inundação.

Nosso parceiro de produção da Sementes Ceratti, Bernardo Alvarez (Agropecuária Capiati), relata que na cultivar PUITÁ INTA CL, tem obtido ao longo dos últimos anos uma redução de produtividade de entorno de 5% em relação ao inundado, porém uma redução de 35% nos custos totais de produção, visto a grande redução de mão de obra, seja para preparo do solo, irrigação e outras práticas culturais, sem sequer considerar o ganho residual da palhada que agrega a média e longo prazo na estrutura e fertilidade do solo. Enfatizou um ponto crucial o qual compartilhamos: não se faz uma agricultura inteligente, limpa e sustentável sem a integração, ou melhor a rotação de culturas, a qual dilui todos os investimentos necessários quando na monocultura.

A Sementes Ceratti apoia, acompanha e pesquisa com seus produtos e serviços o aprimoramento de tecnologias como está, pois, temos a certeza que estamos fazendo o melhor, para a produção de sementes, de arroz e de alimentos mais saudáveis.