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25/09/2019A importância da dessecação antecipada
A dessecação com herbicidas não seletivos é uma prática importantíssima para a emergência das sementes semeadas, assim como o desenvolvimento inicial das plântulas e plantas, pois permite que estas se desenvolvam com maior eficiência na competição por água, luz e nutrientes.
O processo de decomposição da massa verde dessecada gera produtos fitotóxicos como os ácidos orgânicos, sendo os principais os ácidos acético, propiônico e butírico que causam toxidez principalmente, no início do desenvolvimento do arroz, sendo caracterizado por uma menor germinação, crescimento inicial lento, menor crescimento radicular, absorção de nutrientes e rendimentos de grãos. Isto significa que não é aumentando a quantidade de sementes que iremos garantir um maior estande inicial, mas sim investindo e sementes de qualidade e manejando com práticas corretas no momento adequado.
Em função disto, deve-se realizar a aplicação no momento certo a fim de garantir a decomposição da cobertura vegetal existente. Sendo assim, qual seria o melhor período para realizá-la?
A cultura antecessora, ou campo nativo junto as invasoras existentes no campo, são aspectos fundamentais para a definição da época de dessecação. Por exemplo, uma área com preparo de verão, que foi semeada uma pastagem de inverno com aveia e azevém e encontra-se com uma grande quantidade de massa verde. Esta situação requer a necessidade de uma dessecação antecipada por dois motivos. O primeiro é a quantidade de massa verde que pode dificultar uma boa semeadura, fazendo com que a deposição das sementes no solo não seja a ideal. O segundo é a questão do volume de resíduos vegetais que poderá resultar na produção de ácidos orgânicos, que como já visto interfere na germinação e emergência.
Nesse caso, uma dessecação antecipada se torna indispensável, a fim de que haja tempo para uma decomposição da massa seca e dos compostos químicos para não prejudicar a produtividade. Mesmo neste caso, é recomendado uma segunda dessecação pós-plantio com a cultura em ponto de agulha (S3).
Por outro lado existem situações específicas, como uma área que foi preparada “no tarde”, com baixa pressão de plantas daninhas, porém com histórico de arroz vermelho. Nesse caso, quanto mais tarde for realizada a dessecação, melhor será o controle das plantas de arroz daninho, sendo indicado, inclusive, uma dessecação quando o arroz estiver em ponto de agulha, a fim de garantir maior controle, diminuindo as perdas por competição.
Como podemos ver, o momento da dessecação é variável e cabe ao produtor conhecer e identificar, avaliando, em suas áreas, qual o melhor momento a fim de ter a máxima eficiência desta prática, possibilitando assim um maior potencial da cultura.